29.7.10

Faculdade de Educação Inclusiva

Lançamento do projeto da primeira Faculdade de Educação Inclusiva do Brasil

Ocorrerá no dia 7 de agosto de 2010 o lançamento oficial do projeto para a criação da primeira Faculdade de Educação Inclusiva do Brasil (Faculdade de Educação Inclusiva Paulista – FEIP). O evento acontecerá no Parque Rizzo, próximo ao centro da cidade de Embu das Artes, das 8h às 12h, com o patrocínio da Prefeitura.

Trata-se de um projeto inovador, que chama a atenção não apenas da comunidade acadêmica, mas de grande parte da sociedade que está comprometida com a inclusão social. Essa proposta vem preencher uma lacuna na formação e capacitação de novos profissionais para trabalharem em cenário de diversidade, além de oportunizar fóruns para o exercício pleno da cidadania.

O projeto encontra o apoio de várias autoridades que representam diferentes segmentos sociais no Brasil e no exterior. Dentre alguns nomes, pode-se destacar: Eduardo Suplicy, Senador da República, Mara Siaulys, presidente da Laramara, Mara Gabrilli, Vereadora pela cidade de São Paulo, Cláudia Cotes, site Vez da Voz, Ângela Couret, Presidente de la Fundación Paso a Paso da Venezuela e Gustavo Alberto Hincapié Corrales, Diretor da Corporación Discapacidad Colômbia.

Na primeira parte do evento serão apresentados vídeos temáticos e a mesa redonda: “Desafios para o Brasil na perspectiva da educação inclusiva”. Na segunda parte, serão oferecidas oficinas a respeito desse tema.

Durante toda a programação, estandes estarão oferecendo, a preços acessíveis, publicações e produtos relacionados com educação e inclusão para todos os interessados.

PATROCÍNIO
Prefeitura da cidade de Embu das Artes

APOIO
Discapacidad Colombia, Laramara, Paso a Paso, Redem, Vez da Voz

Links relacionados:
http://discapacidadcolombia.com/
http://www.laramara.org.br/
http://www.pasoapaso.com.ve/CMS/
http://www.redem.org/
http://www.vezdavoz.com.br/2vrs/index.php

***

OBJETIVOS

1. Promover ensino superior de qualidade em diferentes áreas do conhecimento, tendo como paradigma as novas políticas de Educação Inclusiva preconizadas pelo Ministério da Educação - MEC;

2. Incentivar o desenvolvimento de pesquisas acadêmica e científica voltadas para as políticas de educação em cenários diversos, tornando a Faculdade de Educação Inclusiva Paulista um centro de excelência nessa área do conhecimento humano;

3. Criar espaços para a aplicação dos conhecimentos desenvolvidos nos estudos e pesquisas;

4. Promover cursos de capacitação para profissionais de áreas diversas dos segmentos público e privado afins com as políticas públicas de interesse social;

5. Fomentar uma nova perspectiva cultural que tenha a inclusão como referência, criando-se novos fóruns para o exercício da plena cidadania; valorizando-se os grupos minoritários que sempre estiveram à margem do processo histórico nacional.

(Saiba mais)

27.7.10

Clara Palavra 07/2010

26.7.10

Sou Flamengo, sou do bem

ANDREI BASTOS

Assassinos existem em todo lugar. De Doca Street e Michel Frank aos matadores de Dorothy Stang ou Celso Daniel, sem esquecer o jornalista Pimenta Neves, o noticiário sempre esteve coberto de sangue, em casos mais ou menos macabros. Claro que podemos estabelecer uma gradação no horror dos crimes, assim como podemos alcançar com entendimento muitas das circunstâncias e implicações deles.

É por isso que é uma bobagem dizer que o enriquecimento rápido de pessoas pobres e sem estudo, atletas ou ganhadores de loterias, as predispõem para o crime, por estarem despreparadas para a fortuna e para o poder que dela resulta. Se fosse assim, seriam incontáveis os “Jason” e “Hannibal Lecter” a nos aterrorizar.

Da mesma forma, também é descabido jogar a responsabilidade pela formação de atletas como cidadãos, com valores éticos elevados, para as agremiações esportivas. Seria o mesmo que obrigar a Caixa a acoplar cursos de ética e cidadania aos prêmios que distribui a ganhadores humildes dos seus jogos.

O problema é muito maior do que tentam mostrar as análises apressadas dos trágicos acontecimentos envolvendo o goleiro Bruno. Assassinatos à parte, o que se espera é que o Estado, antes de qualquer instituição que nele se abriga, proporcione à sociedade os valores e princípios para o exercício de uma cidadania plena, honrada e com respeito aos direitos humanos.

Se nossa sociedade faz vista grossa para tantos crimes, aceita que seus governantes justifiquem más condutas dizendo que sempre foi assim, mais do que quaisquer outros afirmando a idéia equivocada de que tudo podem, como podemos aceitar que só os despreparados pela pobreza pensam assim quando enriquecem?

Sem dúvida, é necessário que tais pessoas tenham orientação sobre como viver a vida de rico, antes de tudo para não jogarem dinheiro fora ou serem passadas para trás e rapidamente voltarem a ser pobres. Absurdo é dizer que a orientação será para afastá-las da prepotência e do crime.

Se existe espaço para assassinos realizarem seus intuitos, sentindo-se acima da lei, é porque existe uma percepção coletiva de impunidade. E esta percepção foi construída em toda uma história de desvios de dinheiro público sem punição, de subornos de guardas de trânsito, de carteiradas bem-sucedidas, de torturadores da ditadura impunes, de superfaturamento de obras públicas etc. etc. etc.

Assim como eu, que nem sou ligado em futebol e gosto do Flamengo pelo seu apelo popular, muitos flamenguistas ficaram constrangidos com os fatos que nos horrorizaram. Assim como eu, que tenho filhos e netos flamenguistas, para quem será difícil separar o joio do trigo, a nação rubro-negra precisa mostrar a cara e dizer que é do bem.

Tal postura não atende apenas à necessidade de defender a imagem do clube, que ficou arranhada. Ela serve, principalmente, para combater o preconceito e a discriminação contra os pobres, escondidas nas palavras bem escolhidas de alguns donos da verdade.

18.7.10

O melhor jogador do mundo é autista

Nem Cruijff nem Ronaldinho. E nem Maradona. Para os adeptos do Barça a oitava maravilha é Messi. Eis uma história, uma lição de vida, que encanta Camp Nou.

É uma desforra bem pessoal, a história do menino austista aos 8 anos, anão aos 13, que via o mundo a 1,10 metros do solo. É esse mesmo, Lionel Messi, que botou corpo à base de tratamentos hormonais e que, 59 centímetros depois, encanta o mundo do futebol, naquele jeito singularíssimo de conduzir a bola colada ao genial pé esquerdo, como se o couro redondo fosse um mano siamês, uma mera extensão corporal, um órgão vital, inseparável. E Barcelona rende-se ao talento de “La Pulga”. E os adversários caem aos pés de um talento puro e raro.

E por muito talento que tivesse para jogar a bola, estaria o rapaz consciente do destino glorioso que lhe estava reservado?

15.7.10

Orgulho rubro-negro

O Globo, Opinião, 15/07/2010:

Orgulho rubro-negro

SYLVIO CAPANEMA DE SOUZA

Uma vez Flamengo, Flamengo até morrer!

Mais de 35 milhões de pessoas cantam com orgulho nosso hino. O Flamengo é uma nação, que nasceu dentro de outra. E, como toda nação, escreve a sua história, com grandezas e fragilidades, tem os seus heróis e seus vilões, mártires e traidores.

O Flamengo democratiza porque não distingue classes, irmana homens e mulheres, ricos e pobres, negros e brancos, doutores e iletrados. Ele sai às ruas, não se fecha em sedes, sobe os morros, cruza fronteiras, vence o tempo e as distâncias, a todos os seus filhos aproxima, no sentimento de uma só paixão.

Em 15 de novembro de 1895, quando foi fundado o Flamengo, algo mágico ocorreu, um destes inexplicáveis momentos que constroem a eternidade, que rompem a simples cronologia do tempo, e que são a centelha de energia que faz e que escreve a história das nações.

Espraiou-se pelo país a mística rubro-negra, como uma epidemia às avessas, uma epidemia do bem, com a contaminação do orgulho de ser Flamengo.

Ser Flamengo é um determinismo biológico. Nós nascemos rubro-negros, crescemos rubro-negros e morremos rubro-negros. Ele é sonho que se sonha nas arquibancadas e nos palácios, é remanso e corredeira, realidade e utopia, o ontem e o amanhã, porque para nós, rubro-negros, ele é tudo. O Flamengo não se explica, nem se define. Apenas se sente, como são sentidas as paixões. Ele não se oferece a nós, nós é que nos oferecemos a ele. Não nos cobra a vida, nós é que lhe doamos o corpo e a alma.

O lamentável episódio que envolve o goleiro Bruno atinge, como não poderia deixar de ser, o Flamengo, mas deve ser compreendido em suas reais e jurídicas dimensões. Não se pode condenar o Brasil porque tivemos um Calabar, nem a Alemanha pelo que fez Hitler. Judas não tornou desprezível toda a raça humana.

Bruno, seja o que tenha feito, e apesar das glórias e títulos que nos ajudou a conquistar, não é o Flamengo, e não age em seu nome. O Flamengo também é Zico, Júnior, Zizinho, Andrade e Rondinelli. É ainda César Cielo, Patrícia Amorim (natação), Oscar Schmidt, Marcelinho (basquete), Buck (remo), Diego e Daniele Hypólito (ginástica olímpica), e tantos outros que construiram sua grandeza, conquistando títulos nacionais e internacionais.

São milhões de torcedores, que comemoram com orgulho as vitórias e sofrem estoicamente as derrotas. As inúmeras piadas, perversas e de mau gosto, que circulam pela internet, não atingem apenas o Flamengo, que está muito acima delas, mas desrespeitam muito mais a dor dos que amavam a vítima e amesquinham quem as cria ou as transmite na censurável comemoração do macabro e da desgraça.

O Flamengo sofre e sangra com a vítima, não brinca com o crime, não absolve os culpados, mas não pode ser com eles condenado. Bruno, ou quem quer que seja, jamais conseguirá matar o Flamengo!

SYLVIO CAPANEMA DE SOUZA é presidente do Conselho Deliberativo do Flamengo.

6.7.10

Vote 23456 - Georgette Vidor para Deputada Estadual

GEORGETTE VIDOR quer:
1 - Fiscalizar preparativos dos Jogos Rio 2016.
2 - Trabalhar pela criação de centros esportivos no estado.
3 - Promover a inclusão social pelo esporte.
4 - Contribuir para a inclusão da pessoa com deficiência e defender seus direitos.
5 - Cobrar e promover a acessibilidade nas cidades.
6 - Apoiar a pesquisa com células-tronco.
***
“Pela sua história de trabalho e superação, Georgette Vidor sempre serviu de exemplo e inspiração para quem quer melhorar o nosso estado do Rio.”
Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira
(Presidente da Firjan – Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro)
“Georgette Vidor construiu uma trajetória de vida vitoriosa, respaldada pelo trabalho sério e pela persistência. Posso afirmar que seu nome representa muito bem a força e a competência da mulher brasileira. Além disso, o mais importante, ela é acima de tudo rubro-negra!!!”
Patricia Amorim
(Presidente do Flamengo)
“É fácil confiar em Georgette Vidor, uma mulher que persegue seus objetivos com honestidade e comprometimento.”
Diego Hypólito
(Bicampeão mundial de Ginástica)
“Georgette Vidor é um exemplo de vida pela sua determinação. Uma mulher com garra, que superou tantas dificuldades como treinadora. Ela nos ensina a cada dia, com sua trajetória irreparável, que vale a pena vencer barreiras quando acreditamos na nossa capacidade.”
Alexandre Accioly
(Empresário)
“Georgette é uma mulher guerreira, que me mostrou que os obstáculos são vencidos com luta e visando a realização dos nossos sonhos.
Daniele Hypólito
(Ginasta da Seleção Brasileira, 3 Olimpíadas, primeira medalha mundial para o Brasil, treinou 9 anos com Georgette Vidor)
“O esporte necessita de representatividade política. Georgette Vidor tem uma experiência muito rica, pois vivenciou as dificuldades como treinadora em duas situações diferentes durante sua brilhante trajetória. Tenho certeza de que, como deputada estadual, sua determinação vai continuar a defender os interesses da sociedade do nosso estado, na promoção do esporte em todos os níveis.”
Bernard Rajzman
(Ex-atleta da Seleção Brasileira de Voleibol e atual membro do COB - Comitê Olímpico Brasileiro)
“Mulher, esportista e profissional de Educação Física - três motivos bastante significativos para Georgette Vidor merecer seu voto.”
Luisa Parente
(Ex-ginasta, 2 Olimpíadas, medalhista de ouro panamericana, treinada por Georgette Vidor)
“Eu voto em Georgette Vidor porque conheço suas intenções e objetivos.”
Stella Torreão
(Empresária)
“Georgette Vidor é fundamental na formação e desenvolvimento de atletas em nosso país! Ela é força, orgulho e exemplo a ser seguido! É líder no ginásio, no esporte e no Legislativo.”
Marcus Vinicius Freire
(Medalhista olímpico no volei em 1984; Superintendente do COB - Comitê Olímpico Brasileiro)

2.7.10

Gilmar Mendes suspende Ficha Limpa

Consultor Jurídico, 01/07/2010:

Ministro suspende aplicação da Lei da Ficha Limpa

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, suspendeu a aplicação da Lei da Ficha Limpa para o senador Heráclito Fortes (DEM-PI). O ministro concedeu efeito suspensivo a um Recurso Extraordinário do parlamentar para derrubar de imediato a decisão do Tribunal de Justiça do Piauí, que o condenou por conduta lesiva ao patrimônio público.

Com a decisão desta quinta-feira (1º/7) do ministro Gilmar Mendes, ficam suspensos os efeitos da condenação imposta ao senador para efeitos da Lei Complementar 135 até que a 2ª Turma do Supremo conclua o julgamento do Recurso Extraordinário interposto pelo político. Assim, não podem ser impostas a ele as condições de inelegibilidade previstas na nova legislação.

Segundo Gilmar Mendes, não será possível a continuidade do julgamento do recurso pela 2ª Turma ainda neste semestre. A última sessão ocorreu em 29 de junho e o período de férias forenses tem início nesta sexta-feira (2/7).

Gilmar Mendes observou que “a urgência da pretensão cautelar parece evidente, ante a proximidade do término do prazo para o registro das candidaturas”. Ele determinou que “o presente recurso seja imediatamente processado com efeito suspensivo, ficando sobrestados os efeitos do acórdão recorrido”, concluiu.

O recurso começou a ser julgado na 2ª Turma do STF em novembro do ano passado, mas o julgamento foi interrompido por um pedido de vista do ministro Cezar Peluso.

A chamada Lei da Ficha Limpa disciplinou o artigo 14 da Constituição Federal, instituindo a condenação judicial por órgão colegiado como nova causa de inelegibilidade. Recentemente, o Tribunal Superior Eleitoral firmou posição no sentido de que a LC 135/2010 tem aplicação imediata, ou seja, vale para as eleições gerais deste ano.

Diante disso, a defesa do senador recorreu ao Supremo. Pediu a concessão do efeito suspensivo ao recurso em decorrência da urgência do caso, uma vez que o semestre judiciário termina antes do prazo final para o registro das candidaturas, no próximo dia 5.

Pedido de suspensão

Outro político que tenta anular os efeitos da Lei da Ficha Limpa no STF é o ex-deputado estadual do Espírito Santo, José Carlos Gratz, que teve o mandato cassado. Ele ataca o entendimento do TSE sobre a validade da medida para este ano.

No pedido de liminar, o ex-deputado requer tanto a sustação de todas as consultas que envolvam a lei complementar no TSE quanto a garantia de que ele poderá participar das convenções partidárias e ter aceito o seu registro de candidatura.

Na ação Gratz, conta que responde a mais de duzentas ações civis e penais públicas – segundo ele frutos de uma “campanha de demonização” contra ele e de “santificação de Hartung” (Paulo, governador do ES).

O ex-deputado também contesta o tratamento da matéria por lei complementar e a ausência de votação, na Câmara, da emenda do Senado que restringiu os efeitos da lei às condenações posteriores à sua publicação.

Para Gratz, o TSE feriu a força vinculante do julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 144, quando o Supremo estabeleceu que, em respeito ao princípio constitucional da presunção da inocência, somente condenações definitivas podem gerar inelegibilidade de candidatos. Com informações da Assessoria de Imprensa do STF.

Leia aqui a íntegra da decisão de Gilmar Mendes.